quarta-feira, 12 de setembro de 2007

RELAÇÃO IGREJA E POLÍTICA



Vivemos dias de muita expectativa, quanto a diversos aspectos da vida pública em nosso país, o que traz certo desconforto a todos, mormente pela desconfiança das verdadeiras motivações que levam nossos legisladores a cederem a pressões de grupos que, até pouco tempo escondiam-se, ou tinham que se esconder por vergonha da sociedade organizada.
Tramitam no Congresso Nacional, projetos de idoneidade duvidosa, favorecendo o pensamento de grupos isolados em detrimento da grande maioria, e diga-se a bem da verdade, com total apoio da mídia e de grandes lideranças nas principais esferas governamentais.
Na Igreja, salvo raras excesões, por conta dos nossos princípios tupiniquins, ainda se reverbera o eco de que Igreja e Política não se misturam.
É bem verdade que a Igreja, na condição de instituição ou mesmo como organismo vivo de Cristo na terra, não se mistura com nada deste mundo, no entanto, entendo que essa Igreja é formada por cidadãos brasileiros que bebem, comem, compram, vendem e pagam seus impostos.
Quando Jesus disse vós sois o sal da terra e a luz do mundo, fica muito claro que, cidadãos cristãos precisam salgar, evitando assim maior degeneração do que a que já se instalou em nossa sociedade.
Acredito ainda que, para quem conhece as Sagradas Escrituras, seria utopia pensar em mudanças radicais ou restauração de sistema, porém, acredito também que é uma questão de posicionamento e postura.
Haja o que houver, venha o que vier, precisamos nos posicionar.
Para tanto, é necessário desmistificar na mente do nosso povo, uma espécie de manto demoníaco que envolve a questão Igreja e Política.
Não podemos nos eximir de nossa responsabilidade civil para com a cidadania, pela fato de seguirmos a Cristo.
É preciso muita atenção para o que está acontecendo à nossa volta.
Precisamos de mobilização legal, pacífica e ordeira, mas que reflita nossa linha de pensamento à luz da Palavra de Deus, caso contrário, teremos um debate sem debatedores, réplicas ou tréplicas.
Quero utilizar-me deste espaço, por ser de minha inteira responsabilidade, para agradecer a Deus pelo trabalho que vem sendo desenvolvido pela Blogosfera Evangélica, salientando em especial o Pastor Geremias do Couto, o qual tem se dedicado principalmente quanto a questão da homofobia, bem como também o Pastor Altair Germano, que tem se mostrado um exclente articulador, além de muitos outros que estão cumprindo seu papel no processo.
O antagonismo que se convencionou entre Igreja e Política, é fruto de uma inversão de valores, principalmente na política, onde se pode, ou se faz tudo o que é errado, espúrio ou repugnante.
O espírito público deve se revestir da premissa de que se renuncia ao privado, em favorecimento do que é de todos.
Assim sendo, a compatibilidade entre a vida pública e o evangelho é total.

11 comentários:

  1. Pr Carlos Roberto

    O sr já deve estar sabendo: O tal político, que fez menção em post anterior, presidente do Senado Federal foi absolvido.

    Como disse Charles de Gaule na década de 1960, e cada vez mais se confirma a dedução dele, o Brasil não é um país sério.

    COMO CIDADÃO BRASILEIRO ESTOU INDIGNADO.

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  2. Olá Eliseu Gomes!
    Além do sentimento de indignação, temos uma sensação de vazio de autoridade na nação!
    Simplesmente lamentável!

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  3. Pr. Carlos

    Lamento muito a absolvição do presidente do senado, também estou indignado com cidadão.

    É bem verdade que as denuncias contra ele, como ele mesmo disse serão difíceis de provar, mas na politica as provas são na maioria morais e não cabais, e isto é uma pena muito grande.

    Agora como igreja que sou, acho que nós cidadãos cristãos, precisamos nos atentar ainda mais pela politica, pois se os homens bons se ausentarem dela, com toda certeza ficaremos sobre o jugo dos maus.

    Não que a Igreja do Senhor precise dela como o sr mesmo diz em seu artigo, mas a politica precisa da igreja , pois nós temos totais condições de sermos "sal e luz" e levarmos à ela muitos valores que o nosso Senhor nos ensina através de sua palavra.


    Pb Aneildo

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  4. Excelente artigo pastor Carlos, muito bem expresso e prático. Que nunca deixemos de lembrar que somos cidadãos deste mundo também, e que evemos nos manistear biblicamente na politica brasileira
    para a glória de Deus.
    Abraços e Paz o Senhor!!!

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  5. Pr. Carlos, parabéns pelo comentário.
    A política realmente é algo difícil de se lidar uma linha muito fina do lícito e do ilícito é que separa as atitudes de homens públicos, que muitas das vez chegam a vida pública com boas intenções e projetos, porém as possiblidades são envolventes. Para Igreja é muito comodo julgar mundano seu envolvimento, porém não vejo como envolvimento mais como posicionamento, como o senhor mesmo coloca, pois não é fácil arriscar, porque tudo que se arriscar pode falhar ou dar errado, porém também compriendo bem o colocação do Pb. Aneildo, "Não é a Igreja que precisa da política e sim a política que precisa da Igreja", para fazer a diferença, para influnciar com os príncipios do evangelho, do amor fraternal e do temor à Deus. Podemos errar, mais nunca nos omitir, porque os demandos políticos afetam também os cidadãos "evangélicos", pois a própria Bília diz, que "Quando os honestos governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama. Provérbios
    29.2.

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  6. "Para tanto, é necessário desmistificar na mente do nosso povo, uma espécie de manto demoníaco que envolve a questão Igreja e Política".
    Concordo plenamente com o amado pastor, pois demonizar a política é fruto de uma dicotomia sagrado/secular, em que questões como política, economia, artes, esportes, educação etc, não são feitas para a glória de Deus, quando é essa a nossa missão!
    Gosto muito do que Archie P. Jones escreveu: "Todas as esferas da vida-quer epistemologia ou física, arte ou educação, teologia ou sociologia, ou as vocações- são intimamente governadas pela palavra de Deus". A política deve ser um intrumento divino para aplicação da justiça e da ordem. A dicotomia sagrado/secular relegou a política ao diabo ou a coisas mundanas, e realmente ele tomou posse, e hoje vemos as consequências.
    Parabéns pr. Carlos pelo texto.

    Gutierres Siqueira
    www.teologiapentecostal.blogspot.com

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  7. Parabéns pelo post nobre companheiro, e obrigado pela citação.

    Um abraço!

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  8. Somos Luz e Sal da terra e este sal não pode se abster de penetrar na carne. Lembro-me porém, que um pastor amigo me perguntou o que achava da Igreja ter candidatos. Eu respondi que os candidatos estão alocados nos partidos e não nas Igrejas. Na Igreja temos cristãos sendo preparados e enviados ao mundo para salgar.
    Candidato de Igreja é curral eleitoral, ou eleitoreiro, como preferirem. Um candidato é eleito para defender os interesses do país, e não de um grupo específico, mesmo que seja a Igreja. Voto em alguém se ele for bom para o país e não para a Igreja. Os interesses da Igreja serão defendidos pela simples prática da justiça por parte dos parlamentares evangélicos ou não.

    Ubirajara Crespo

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  9. A Paz do Senhor, Pr Carlos. Achei muito pertinente sua exposição sobre a relação dos cristãos com a Política. No meu caso, em particular, recebi no artigo uma valiosíssima contribuição para me decidir quanto à questão política; isso porque pairava sobre mim um dúvida quanto a me oferecer para o concurso democrático de 2008; ainda não decidi, mas estou certo de uma coisa: mesmo como cristão posso e devo dar minha contribuição para ter uma sociedade mais justa, igualitária e humana, com abertura de oportunidades. O que o cristão não pode fazer é se corromper (como-infelizmente- é vista a maior parte dos políticos e governantes). Se possível, gostaria de realizar a impressão e a mostragem do artigo para outras pessoas, com sua autorização. Paz. Giovani Nery- AD Conceição da Barra de Minas - MG

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Pastor Carlos Roberto Silva
Point Rhema

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